domingo, 29 de março de 2020

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Lúcifer

Portador de luz (Demônio)

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 Nota: Este artigo é sobre o termo latino. Para a personificação do mal, veja Diabo. Para outros significados, veja Lúcifer (desambiguação).

Lúcifer (do latim, lux fero, "portador da luz"[1]) é um termo de origem latina para o planeta Vênus que aparece nas traduções da Bíblia Vulgata de São Jerônimo. No cristianismo, o nome ficou associado a Satã devido à interpretação de uma profecia do livro de Isaías[2] que falava sobre a queda de um dos reis da Babilônia, possivelmente Nabucodonosor II.[3][4] Embora esta ligação tenha se difundido na concepção popular, o termo não se referia ao nome original de um anjo caído que teria desafiado a Deus.[5][6][7]

EtimologiaEditar

substantivo Lúcifer ("portador da luz") vem da junção das palavras em latim lux (luz) e fero (carregar).[8] Ele provêm da Vulgata, versão latina da Bíblia,[9][10][11] e aparece em algumas traduções da Bíblia em língua portuguesa e na versão do Rei Jaime onde é citado como "o brilhante, estrela da manhã, Lúcifer".[12] Pode referir-se à "Estrela da Manhã" ou "Estrela d'Alva", à "luz da manhã",[13] aos "signos do zodíaco",[14] à "aurora",[15] ao sumo sacerdote Simão, filho de Onias,[16] à "Glória de Deus"[17] e a Jesus Cristo.[18][19]

Na Bíblia Hebraica é mencionado uma única vez[20] como hêlêl[20] ou heylel[12] ben-shahar, (הילל בן שחר), "o que brilha" e na Septuagintagrega como heōsphoros[21][22][23](ἑωσφόρος),[24][25][26] que significa "o que traz o anoitecer",[27] "o que leva a luz", representando o planeta Vênus, que é visível antes do alvorecer.[28][29] Jesus, no livro de apocalipse (22:16) autodenomina-se "resplandescente estrela da manhã". O termo é usado separadamente em Apocalipse 2:26, 28 e Isaías 14:12[30], na tradução de Figueiredo"como caíste do céu, ó Lúcifer, tu que ao ponto do dia parecias tão brilhante?".

E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.
2 Pedro 1:19 Tradução Almeida Fiel

 

Et habemus firmiorem propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi lucernae lucenti in caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur in cordibus vestris.
2 Pedro 1:19 na bíblia latina Vulgata[31]

Interpretação religiosaEditar

JudaísmoEditar

A religião judaica não possui um ser todo malévolo, que combata contra o criador. Por outro lado, o nome hilel ben shachar (הילל בן שחר, filho d'alva), achado nos livros dos profetas Isaías e Ezequiel a quem muitos ligam o Diabo, não tem importância no contexto judaico pois trata-se de uma referência ao rei da BabilôniaNabucodonosor II, que assim era chamado. Atribui-se ao erro de interpretação, segundo a visão hebraica, a leitura da frase fora do contexto geral, pelo qual o profeta fazia uma exortação direta ao monarca.[32][33][34]

CatolicismoEditar

De acordo com São Jerônimo, Lúcifer era o nome do principal anjo caído, e seu nome em hebraico, helel, é derivado do verbo lamentar, pois ele lamenta a sua queda e a perda do seu brilho. Esta visão prevaleceu entre os Padres da Igreja, de forma que Lúcifer não fosse o nome próprio do Diabo, mas apenas o seu estado anterior à queda.[carece de fontes]

Segundo o teólogo Óscar Quevedo, Lúcifer passou a ser identificado como Satã após Orígenes, sendo a passagem de Isaías 14:12 uma representação da queda do reinado tirânico de Nabucodonosor II, rei da Babilônia. Sendo assim, uma ameaça divina meramente metafórica, sendo posteriormente difundida entre os cristãos convertendo esses deuses pagãos em demônios. Inexiste qualquer relação a um anjo caído, nem relação direta com as terminologias Diabo, que vem do latim, Satã, oriunda do hebraico (Shai'tan יריב ) e demônio, que tem origem grega (heōsphoros).[7]

"A queda de Lúcifer", ilustração de Gustave Doré para o livro O Paraíso Perdido de John Milton.

TeosofiaEditar

Glossário Teosófico de Helena Blavatsky diz que Lúcifer é a Estrela da Manhã, o planeta Vênus, e menciona ainda a serpente suméria que os hebreus usaram no mito da criação. Rejeita a atribuição a Lúcifer dos defeitos do orgulho e da arrogância que o cristianismo lhe imputou, não diz que ele é a origem do mal e tampouco o identifica com o diabo e similares, considerando esta interpretação como produto apenas da imaginação humana sem existência autônoma real. Blavatsky também cita que o próprio Cristo, em Apocalipse 22:16, chama a si mesmo de "Estrela da Manhã".[35]

Lúcifer na cultura popularEditarNo anime Blue Exorcist, Lúcifer é o rei da luz e o mais forte dos 8 Reis DemôniosNa Animação Cinderela da Disney, Lúcifer é o nome do gato da Madrasta[36]No mangá Beelzebub, Lúcifer é o maior rei entre os demôniosNo mangá Hunter × Hunter, Lúcifer é o sobrenome de Kuroro, o líder do Genei RyodanNa obra de Neil GaimanSandman, Lúcifer é um dos três reis do Inferno, além de ser o primeiro dos caídos do paraísoNa obra literária de Eduardo SpohrA Batalha do Apocalipse, Lúcifer é o mais belo e carismático dentre os cinco arcanjosNo anime Hataraku Mao-sama!, Lúcifer é um dos quatro generais do rei demônio Satã.Na série tokusatsu Cybercops, há um personagem com uma unidade (armadura tecnológica) de mesmo nomeNa série Lúcifer da Netflix, entediado e infeliz como o senhor do inferno, Lúcifer abdica de seu trono e abandona seu reinado para ir para Los AngelesNa série Supernatural da CW, Lucifer é um arcanjo caído, o Diabo, e pai de todos os demôniosNa série de jogos Shin Megami Tensei, Lúcifer aparece em várias versõesNa série Fallen, Lúcifer domina o inferno e busca a redenção para retornar ao céu e conquistá-lo.Na série O Mundo Sombrio de Sabrina, Lúcifer é chamado como Senhor das Trevas e é adorado pelos bruxos. Sempre aparecia na forma de uma besta com chifres até assumir novamente a forma angelical.

Ver também

Referências

Ligações externas

Última modificação há 2 meses por DavidDant

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