Sessão com uso de um copo
Aparato experimental para testar o tabuleiro ouija
Captura de vídeo em experimento que detecta a movimentação involuntária
[1][2][3]
Tabuleiro ouija ou
tábua ouija é qualquer superfície plana com letras, números ou outros símbolos em que se coloca um indicador móvel. Foi criado para ser usado como método de
necromancia ou
comunicação com espíritos.
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Os participantes colocam os dedos sobre o indicador que então se move pelo tabuleiro para responder perguntas e enviar mensagens dos supostos espíritos. Há um jogo de tabuleiro registrado no
Departamento de Comércio dos Estados Unidos da América com o nome de
Ouija, mas a designação passou a ser usada para caracterizar qualquer tabuleiro que se utilize da mesma ideia.
No
Brasil há variantes conhecidas como
brincadeira do copo,
jogo do copo, ou ainda
sessão de copo, em que um copo faz as vezes do indicador para as respostas. Também é conhecido como
brincadeira do compasso, quando se usa um
compasso como indicador. Existem também apoios para a utilização de lápis durante as sessões.
O tabuleiro não necessita ter um formato retangular. Muitos tabuleiros ouija são circulares. Como indicadores, em vez do ponteiro, podem utilizar uma moeda ou um copo de vidro. Afirma-se que este último não é aconselhável porque o
espírito poder vingar-se utilizando o copo.
O princípio em que se baseia o tabuleiro Ouija ficou conhecido depois de
1848, ano em que duas irmãs norte-americanas,
Kate e
Margaret Fox, supostamente contactaram um vendedor que havia morrido anos antes e espalharam uma febre espiritualista pelos
Estados Unidos e
Europa.
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Há também indícios de que o princípio teria sido aperfeiçoado por um
espiritualista chamado M. Planchette, que por volta de
1853 teria inventado o indicador de madeira, utilizado até hoje.
[9][10]
Em 1890, Elijah J. Bond, de
Baltimore, solicitou a patente do "Ouija" ou "Tabuleiro egípcio da sorte", concedida em 1891. Nesta patente se descreve o funcionamento e alega-se que o tabuleiro é capaz de responder "perguntas de qualquer tipo".
[11]
As movimentações que ocorrem no tabuleiro ouija se devem ao
efeito ideomotor.
[12][13] As pessoas participantes da sessão involuntariamente exercem uma força imperceptível sobre o indicador utilizado, e a conjunção da força exercida por várias pessoas faz o objeto se mover. O efeito ideomotor foi descoberto pelo
naturalista britânico
William Benjamin Carpenter em 1852.
[14]
Espiritualistas que acreditam na possibilidade de contato com o mundo dos mortos argumentam que o espírito comunicante utilizaria os sentidos do participante durante as sessões. Os adeptos dessa teoria acreditam que o tabuleiro não tem poder em si mesmo, servindo apenas como ferramenta para o médium se comunicar com o mundo dos
espíritos.
[18]
No meio especializado
[necessário esclarecer] há diversos avisos contra o uso do tabuleiro por pessoas desavisadas. Há também notícias de tabloides relatando casos de suposta possessão demoníaca em decorrência de sessões envolvendo
espíritos malignos.
[20]
A
Igreja Católica critica o tabuleiro e a brincadeira do copo, assim como as experiências de seus fiéis na busca do contato com os mortos em geral. A recomendação dos padres é que os fiéis se mantenham distantes de participações nesse tipo de evento.
[21][22] Segundo alguns padres exorcistas,
Grabriele Amorth, este tipo de jogo pode contactar
demônios. Em seus livros ele relata inúmeras possessões causadas pelo uso desses jogos.
[carece de fontes]
Allan Kardec, codificador da
Doutrina Espírita, orienta em seu
O Livro dos Médiuns, no caso de comunicações frívolas (fúteis ou levianas), que estas práticas devem ser evitadas porque, normalmente, são utilizadas para curiosidades em geral e somente são feitas perguntas vãs, longe da seriedade exigida no intercâmbio com a
espiritualidade benfeitora. Assim, o
espiritismo, nesse caso particular de comunicações frívolas, considera que é mais provável a presença de espíritos
levianos e
zombeteiros, sem nenhum interesse com a verdade e com a dignidade, do que espíritos
bons e
esclarecidos comprometidos com a divulgação de propostas
morais e
éticas.
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- O escritor G. K. Chesterton utilizou um tabuleiro ouija durante um período de depressão e ceticismo e depois disso passou a ser fascinado pelo ocultismo.[26]
- O cantor inglês Morrissey, em compacto de 1989 incluído na coletânea Bona Drag, do ano seguinte, gravou uma música intitulada "Ouija Board, Ouija Board", referente a uma comunicação com o espírito de uma amiga morta.[27]
- Brandon Flowers, vocalista da banda The Killers, utilizou o tabuleiro e passou a ter medo do número 621. A data também se relaciona com o dia de seu aniversário, 21 de junho.[28]
- Sam Winchester, um dos protagonistas da série Supernatural, usa uma Tábua Ouija no primeiro episódio da segunda temporada (2:01 - Na hora da minha morte) para se comunicar com seu irmão morto, Dean Winchester.[29]